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hope your road is a long one,
full of adventure, full of discovery. From: Ithaka (Konstantinos Kaváfis)


quarta-feira, 29 de junho de 2011

1ª Etapa - Rumo ao Mediterrâneo: "Cinque Terre", emoções patrióticas e belas descobertas.



A viagem começou em Milão. Vencida a ansiedade e os pequenos transtornos iniciais – arrumar a bagagem nas motos e enfrentar o trânsito urbano – rumamos para nosso primeiro destino de pernoite, Pavullo nel Frignano, no meio dos montes Apeninos da Região da “Emilia Romagna”. Antes porém, para os amantes da “bella macchina”, uma pequena parada em Maranello para um “test drive” da Ferrari Califórnia.


Preparativos em Milão


Você primeiro, meu amor...


Serviu direitinho, nem precisou de ajustes...

Museu Ferrari



Propriedade rural na saída de Pavullo.



Após o pernoite em Pavullo a primeira surpresa para o Grupo: um pequeno desvio para visitar a comuna (cidade) de Montese.


Um pouco de história sobre a participação brasileira da II Guerra Mundial: a FEB (Força Expedicionária Brasileira) recebeu a incumbência do Comando Aliado de tomar as colinas da comuna de “Montese”, que integravam a resistência alemã chamada de “Linha Gótica”. Em 14 de abril de 1945 iniciou-se a batalha para a tomada de Montese, que durou até o dia seguinte, e foi a mais sangrenta (com o maior número de baixas) enfrentada pelo Brasil desde a Guerra contra o Paraguai. Também foi a primeira vez que os nossos “Pracinhas” enfrentaram guerra urbana, tendo que combater casa-a-casa até a completa limpeza da comuna. No dia 16 de abril, o jornalista Egydio Squeff, correspondente de guerra do jornal O Globo, enviaria o seguinte texto para a redação:

“Escrevo de dentro de Montese destruída. Montese já não existe. Nenhuma casa ficou intacta e só agora podemos avaliar o efeito terrível causado pelos disparos de artilharia. Montese é uma cidade deserta, envolta em ruínas. Em suas casas destroçadas, as manchas de sangue assinalam a violência da batalha com que os alemães a defenderam”. Mais adiante, continuou: “Procurei em vão encontrar um habitante de Montese. Só deparei com portas destroçadas, leitos vazios, cômodos em desordem. Penso que, desde que começou a batalha pela sua posse, a população abandonou a cidade. Os brasileiros venceram os nazistas, entre os quais se achavam muitos prussianos, num combate verdadeiramente épico, depois de encontro de ruas, de casa em casa, onde ficaram mortos e feridos muitos combatentes nossos”.




Chegando em Montese.


A cidade hoje.


14 de junho de 2011 - Torre e prédio hoje.


15 de abril de 1945 - Torre e prédio.

14 de junho de 2011 - Fonte hoje.

15 de abril de 1945 - Fonte.


Passada a emoção de Montese, uma bela surpresa: uma pequena prova das belezas da “Toscana” na pequena comuna de “Castiglione de Garfagnano”. Esta comuna medieval murada tem as suas origens no período “romano” e foi construída para defender a via que conduzia ao “Passo de San Pellegrino”, nos Apeninos. Todos os créditos das fotos vão para a Ana Claudia.











Igreja de São Pedro (Chiesa di San Pietro) - erguida em 723 e reconstruída no século XII.







Interpretação artística da fotógrafa AC...



O destino final desta etapa foi o Parque Nacional “Cinque Terre” na Riviera do Levante, Região da Liguria. A porta de entrada para este Parque Nacional foi o porto de “La Spezia”, importante base da Marinha Italiana. Em “Cinque Terre” visitamos a vila de “Riomaggiore”, uma das cinco vilas que formam a “Cinque Terre” (Monterosso / Vernazza / Corniglia / Manarola / Riomaggiore). Este Parque Nacional foi constituído em 1999 e hoje é tombado como Patrimônio Cultural pela UNESCO.







A vida passa em outro ritmo em "Riomaggiore"...

Terminamos o segundo dia de estrada em Rapallo, em plena  "Riviera do Levante" italiana.

Um comentário:

Raquel M. Biesuz disse...

O início de 15 dias de aventura inesquecível ....