...
hope your road is a long one,
full of adventure, full of discovery. From: Ithaka (Konstantinos Kaváfis)


quinta-feira, 30 de junho de 2011

2ª Etapa – Do Mar para as Montanhas: belos panoramas costeiros, glamour e as primeiras estradas de montanha.



Rapallo é um balneário na “Riviera di Levante” italiana (algo como Riviera do Sol Nascente em uma tradução livre) - Região da Liguria – que, graças ao seu clima ameno, foi residência de inverno de muitos italianos abastados nos anos 30 (pré-guerra) do século passado. É uma das entradas para o “Parque Natural Regional de Portofino”.

Foi em Rapallo que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche teve as primeiras inspirações para um dos seus mais famosos livros – “Zarathustra”.



Rapallo - "Castello sul Mare" - construído em 1551 para conter os frequentes ataques de piratas.



Rapallo



"Promenade" de Rapallo.




Rapallo - Lungomare Giovanni Battista Pastene (Avenida Litorânea).



Rapallo - Piazza Giovanni Battista Pastene



"Happy hour" em Rapallo, na chegada da etapa.


Portofino é a mais famosa das 4 vilas que  integram o Parque Natural Regional. É um centro de turismo para a elite internacional, que atraca os seus belos iates em seu pequeno porto.


Portofino.


Portofino e seu porto.

Caminho para Portofino.

Caminho para Portofino.

Ruela em Portofino.

Restaurante em Portofino. Será de algum conterrâneo?


Da Riviera Italiana rumamos diretamente para o “Principado de Mônaco” para um abraço na Karen, filha do Baka e da Raquel, que está morando em Monte Carlo. Local de muito “glamour” e palco da mais famosa corrida de F1. Alguém já comentou: “Mônaco é regida por um Príncipe, mas só tem um Rei – Ayrton Senna” (Rei das ruas de Mônaco após 6 vitórias no circuito de F1).


Monte Carlo (Mônaco) - Curva da Piscina do Circuito de F1.

A partir de Mônaco começamos a subir as montanhas – os Alpes Marítimos – e tivemos o nosso primeiro contato com a “Rota dos Grandes Alpes”.



A “Rota dos Grandes Alpes” é um caminho cênico de montanha inaugurado em 1937 – um dos mais belos da Europa, diga-se de passagem – que liga “Thonon-les-Bains”, nas margens do Lago Geneva, à Menton, na Riviera Francesa (Mediterrâneo). Estende-se por quase 700 km e inclui 6 passos alpinos acima dos 2.000 msnm. Foi esta rota que nos levou ao destino do dia: "Col de Turini", passando primeiro pela bela vila de "Sospel".

Sospel.


Ponte Velha de Sospel.


Sospel.


Ponte Velha, construída no Século XIII.


Ponte Velha.


Sospel.






Ponte Velha.


Ponte Velha.

Fonte em Sospel.



Sospel.


O “Col de Turini” é um famoso passo de 1.607 msnm nos Alpes Marítimos Franceses, próximo ao Parque Nacional Mercantour, e passagem obrigatória do famoso “Rallye de Monte Carlo”, que este ano completou 100 anos desde a sua primeira edição. Esta estrada que leva ao “Col de Turini” está sempre na lista das mais belas estradas europeias.







"Notre-Dame de la Menour".




Capela de "Notre-Dame de la Menour".


Chegando ao Hotel, em pleno "Col de Turini".

Recepção com "vinho da casa".
Parte do "Comitê de Boas-Vindas".


Entrada do Hotel.


Parque do Mercantour - Vista da varanda do quarto do "les Chamois" (Col de Turini).


Jantar no restaurante do Hotel les Chamois, na pequena vila que fica no "Col de Turini".


Jantar preparado pela Corinne, esposa do Michel (com guardanapos verdes-e-amarelos).


"Pet" dos donos do Hotel.

Ana e os "bichos"...



Por-do-sol no Hotel...


by AC.

Homenagem do "Michel", dono do "les Chamois".


Michel disse que a bandeira ficará sempre no bar. É voltar e conferir...


E a partida no dia seguinte.



Em frente à placa do "Col".

Flores para celebrar o próximo destino - "Provence".

Até que ficou legal com as flores na mala lateral...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

1ª Etapa - Rumo ao Mediterrâneo: "Cinque Terre", emoções patrióticas e belas descobertas.



A viagem começou em Milão. Vencida a ansiedade e os pequenos transtornos iniciais – arrumar a bagagem nas motos e enfrentar o trânsito urbano – rumamos para nosso primeiro destino de pernoite, Pavullo nel Frignano, no meio dos montes Apeninos da Região da “Emilia Romagna”. Antes porém, para os amantes da “bella macchina”, uma pequena parada em Maranello para um “test drive” da Ferrari Califórnia.


Preparativos em Milão


Você primeiro, meu amor...


Serviu direitinho, nem precisou de ajustes...

Museu Ferrari



Propriedade rural na saída de Pavullo.



Após o pernoite em Pavullo a primeira surpresa para o Grupo: um pequeno desvio para visitar a comuna (cidade) de Montese.


Um pouco de história sobre a participação brasileira da II Guerra Mundial: a FEB (Força Expedicionária Brasileira) recebeu a incumbência do Comando Aliado de tomar as colinas da comuna de “Montese”, que integravam a resistência alemã chamada de “Linha Gótica”. Em 14 de abril de 1945 iniciou-se a batalha para a tomada de Montese, que durou até o dia seguinte, e foi a mais sangrenta (com o maior número de baixas) enfrentada pelo Brasil desde a Guerra contra o Paraguai. Também foi a primeira vez que os nossos “Pracinhas” enfrentaram guerra urbana, tendo que combater casa-a-casa até a completa limpeza da comuna. No dia 16 de abril, o jornalista Egydio Squeff, correspondente de guerra do jornal O Globo, enviaria o seguinte texto para a redação:

“Escrevo de dentro de Montese destruída. Montese já não existe. Nenhuma casa ficou intacta e só agora podemos avaliar o efeito terrível causado pelos disparos de artilharia. Montese é uma cidade deserta, envolta em ruínas. Em suas casas destroçadas, as manchas de sangue assinalam a violência da batalha com que os alemães a defenderam”. Mais adiante, continuou: “Procurei em vão encontrar um habitante de Montese. Só deparei com portas destroçadas, leitos vazios, cômodos em desordem. Penso que, desde que começou a batalha pela sua posse, a população abandonou a cidade. Os brasileiros venceram os nazistas, entre os quais se achavam muitos prussianos, num combate verdadeiramente épico, depois de encontro de ruas, de casa em casa, onde ficaram mortos e feridos muitos combatentes nossos”.




Chegando em Montese.


A cidade hoje.


14 de junho de 2011 - Torre e prédio hoje.


15 de abril de 1945 - Torre e prédio.

14 de junho de 2011 - Fonte hoje.

15 de abril de 1945 - Fonte.


Passada a emoção de Montese, uma bela surpresa: uma pequena prova das belezas da “Toscana” na pequena comuna de “Castiglione de Garfagnano”. Esta comuna medieval murada tem as suas origens no período “romano” e foi construída para defender a via que conduzia ao “Passo de San Pellegrino”, nos Apeninos. Todos os créditos das fotos vão para a Ana Claudia.











Igreja de São Pedro (Chiesa di San Pietro) - erguida em 723 e reconstruída no século XII.







Interpretação artística da fotógrafa AC...



O destino final desta etapa foi o Parque Nacional “Cinque Terre” na Riviera do Levante, Região da Liguria. A porta de entrada para este Parque Nacional foi o porto de “La Spezia”, importante base da Marinha Italiana. Em “Cinque Terre” visitamos a vila de “Riomaggiore”, uma das cinco vilas que formam a “Cinque Terre” (Monterosso / Vernazza / Corniglia / Manarola / Riomaggiore). Este Parque Nacional foi constituído em 1999 e hoje é tombado como Patrimônio Cultural pela UNESCO.







A vida passa em outro ritmo em "Riomaggiore"...

Terminamos o segundo dia de estrada em Rapallo, em plena  "Riviera do Levante" italiana.